quarta-feira, 25 de março de 2009

QUANDO O TELEFONE TOCA

O Problema é quando não chega sequer a tocar!

Já todos estivemos acordados até tarde o suficiente para ver aquelas gajas quase boas ou aquele gajo quase heterossexual a apresentarem aqueles programas para ligarmos para lá e tentar ganhar uns euros.

É um emprego muito chato, porque são vistos por muito poucas pessoas e estando sozinhos têm de encher chouriço de uma maneira quase deprimente. Se a ideia é animar a malta que sofre de insónias, caso consigam adormecer depois, é certinho que vão ter pesadelos com eles aos saltinhos dentro da nossa cabeça a mandar piadas totalmente ao lado e sempre, mas SEMPRE com um sorriso na cara do mais forçado que pode haver.

Eu já fui uma vítima deste programa. Um dia, com horários trocados não conseguia dormir. Fui para a sala fazer zapping numa televisão de apenas 4 canais. Pois bem, parei num destes programas, precisamente o que tinha a melhor gaja. A coisa afinal funciona mesmo assim.

Nisto pensei “porque não? Coisas no pequeno-almoço e ainda não está lá Torradas? Vou ligar!”.

E liguei.

Vai para um gravador que diz com aquela voz de mulher que tem sempre um teor sexual aderente, mesmo que esteja a dizer “já não foi a tempo, tente novamente mais tarde…obrigado”.

O telefone desliga-se e eu vejo que pimba! Custou 0,7€ esta brincadeira no meu saldo.

Com o mesmo raciocínio de quem compra acções na bolsa e o preço das mesmas desce, comprei mais! Ou seja, liguei novamente furioso e convicto de que me ia vingar.

Já devem ter percebido que não foi bem isso que aconteceu…

Aparece novamente o gravador da mulher sexual que diz como quem pede para praticar o amor com ela “boa noite. Que fruto faz bem aos olhos? Cenoura? Prima o número 1. Maçã? Prima o número 2. Ananás? Prima o número 3.”

Eu todo entusiasmado carreguei muito rapidamente no número 1. Já com um sorriso vencedor na minha cara, esperei pela resposta. Que não tardou em aparecer, e como estava contente, a voz da mulher ainda era mais convidativa a sexo puro e duro. E ela disse-me…

“Muito bem! Está certo! Pena não ter sido rápido o suficiente…tente novamente mais tarde”.

E foi nesse dia que o meu telemóvel nunca mais funcionou tão bem como até aí, devido à atitude impulsiva e física que tive para com ele nesse momento…

Quando o apanhei do chão ainda tive tempo de ver mais 0,70€ fora do meu saldo.

Tudo por causa de umas míseras torradas…

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